sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Quando eu te vi,

Minha felicidade se resumiu a saber que você existe. Minha força de vontade se resumiu a levantar de manhã na esperança de te encontrar ao entardecer. Minha coragem se resumiu a crescer e ser alguém melhor para você. Meu sorriso se resumiu em saber que você está sorrindo, enquanto meu pensamento se resumiu ao seu sorriso.

O livro da minha vida se resumiu ao seu capítulo.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Eu sonhei contigo. Tava numa rodoviária. Era escuro, precário. Tinha chegado lá perseguindo uma luz que eu sabia que não estava lá, só não sabia o por que e desejava estar errado. Subitamente a realidade me trouxe a inevitável escuridão. Tava com os pés descalços e agora tava na hora de sentir a frieza do chão.

Andei perdido por aquela rodoviária por horas. Perdi a hora do meu transporte. Perdi minha mochila. Perdi tudo, mas continuei procurando o infindável. Santa ignorância, Batman. Todos os lugares que eu olhava tinham escadas, eu as subia, mas não chegava a lugar algum. Silhuetas de pessoas iam e vinham. Batiam nos meus ombros, mas sempre sumiam quando me curvava a elas.

Aí num canto daquele saguão de escadas a uma distância que não saberia quantificar, encontrei você. Foi tudo tão real que eu consegui sentir as folhas do gramado rasteiro que nasciam sob meus pés fazerem cócegas. A escuridão da rodoviária foi sendo engulida inexoravelmente mais rápido e antes que eu pudesse perceber, estava num campo aberto, onde só havia eu, você, e uma infinidade de sussurros que sopravam pensamentos desconexos ao pé do meu ouvido.

Atendi um deles e, receosamente, me aproximei de ti. Tava linda, como sempre. Alguma coisa no teu sorriso timido fez meus passos ficarem cada vez mais largos e rápidos, mas a distância entre nós só crescia.

De repente todo aquele paraíso infinito pareceu só mais um borrão de solidão. Tava tudo escuro de novo, e mais uma vez a culpa disso tudo era a distância inquantificável entre nós. Continuarei andando na sua direção, com os pés no chão e o pensamento em você, tendo em mente de que enquanto estivermos sob o mesmo céu, meu coração continua junto ao teu. De que, se um vento bate no meu rosto agora, em breve ele baterá no teu. O ar que eu respiro, será o ar que tu respira um dia.

Estamos juntos, só distantes. Mas isso a gente resolve.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Você acredita em amor à primeira vista? Eu nunca acreditei. Sempre achei bobeira. Sempre achei que o amor é uma evolução de um relacionamento. Vocês tem conhecidos, que se tornam amigos, depois bons amigos, então grandes amigos, melhores amigos e por fim amores. Tudo depende do grau de conhecimento que um tem sobre o outro.

Achava que o destino era uma peça imaginária que implantavam na consciência do ser humano para ele acreditar que não precisava seguir o próprio coração e correr atrás do que os sentimentos induziam ele a correr. Mas ao fitar teus olhos correndo em minha direção fizeram essa minha visão distorcida da inrealidade mudar.

"Castanho claro" foi o que balbuciei pra mim mesmo quando vi teus grandes olhos se aproximando de mim. Não sabia teu nome, te chamava de linda, pois esse é um fato tão verídico e conciso como a matemática nunca conseguirá ser.

Existe alguém dentro de mim que quer falar pra ti e pra todos o que ele sente. Uma luz que percorre minhas entranhas e espalha por todas elas a vontade de abrir meu coração ao mundo e me entregar a ele. Em contraposição existe a luz da dúvida, do medo. Que me impede de fazê-lo, pois no fundo, ela sabe que isso me fará sofrer. Às vezes a luz da dúvida te obriga fazer coisas que te farão sofrer, farão teu coração bater mais forte, teu estômago revirar, tua cabeça ir pra outro lugar. Mas ela faz isso pelo teu bem.

Eu queria libertar todas essas luzes pra longe de mim. Perto de mim eu só quero que esteja você.